Sou Daniel Soares — educador social, produtor cultural e articulador comunitário —, Morador do Complexo do Vila Nova, uma das maiores periferias da cidade que se entende socialmente na compreensão de 4 bairros ( Vila nova, Verde, Alvorada e Novo Horizonte) em um único território, e neste lugar sou idealizador e fundador do CoMplEXU Traingular, um Laboratório Criativo de Praticas Socieducativase Culturais; Sou o único da minha família de 1º grau a se formar na escola; me matricular em uma universidade; atuar em equipamentos de construção de políticas publicas e garantia de direitos humanos... E Através de muitas dificuldades, mas também muitas conquistas venho construindo meus caminhos junto das pessoas, dos territórios e das histórias que atravessam a vida nos interiores do Norte do Espírito Santo, especialmente atuando nas periferias e territórios com identificados com diversas vulnerabilidades e violação de Direitos Humanos. Sempre fui um menino curioso e ativo dentro da escola Nos teatro...nos evento; Ligado aos movimentos estudantis desde cedo sendo líder de turma, Jovem protagonista, Diretoria de Diretórios Académicos Congressos e Conferencias, atento e fazendo perguntas, criando laços, e ... ali que nasceu o meu desejo de ensinar e aprender com o mundo. Com o tempo, transformei essa vontade em prática coletiva, unindo educação popular, arte, comunicação e tecnologia social para ampliar possibilidades onde, muitas vezes, as portas ainda são estreitas.
Iniciei meus estudos em Pedagogia na Universidade Federal do Espírito Santo, e foi nesse encontro entre universidade, território e relações sociais que compreendi que o meu caminho na educação não cabia apenas nos espaços formais. Na vivência e Observando meu território entendi que Minha prática tinha que se desenvolver nas ruas, nos becos becos, nas vielas das comunidades; nos projetos independentes, nos coletivos, nas rodas de conversa, nos equipamentos públicos, nos encontros que acontecem onde a vida pulsa. Assim, passei a usar o que aprendo para fortalecer processos, formar grupos, organizar fluxos e facilitar experiências que sustentem o desenvolvimento humano e cultura. Minha atuação mistura criação, coordenação e escuta, liderança e cuidado, estratégia e afeto. Articulo gente, penso metodologias acessíveis, fortaleço redes e abro espaço para que crianças, jovens, adultos e pessoas mais velhas encontrem caminhos para alcançar suas potências.
Ao longo dos últimos anos, estive à frente de oficinas, projetos socioeducativos, ações culturais e eventos comunitários, trabalhando com escolas públicas, coletivos culturais, políticas públicas, unidades prisionais e iniciativas independentes. De arteterapia em espaços de privação de liberdade a festivais jovens, de produção de exposições a criação de laboratórios de educomunicação e formação de lideranças comunitária, minha prática sempre parte do território e retorna para ele como movimento de cuidado e transformação.
Este dossiê reúne parte dessa caminhada — não como um currículo rígido, mas como um mapa vivo do que construo com e para as pessoas. Aqui, cada projeto, cada ação e cada história ajudam a entender meu compromisso com educação, cultura, juventude e inovação social. É uma trajetória que segue crescendo, sempre guiada pela pergunta que move meu trabalho: como abrir mais caminhos para que os nossos possam sonhar, criar e viver com dignidade?






